Como Você Se Trata?

Quando tudo está dando errado é quando mais precisamos nos tratar com amor, carinho, acolhimento e aceitação. Será que é fácil?

Como você se trata? Essa pergunta é tão simples e, por isso, até parece desnecessária, não é? Só que não, haha! Exatamente por isso, ela é importante e, mais importante ainda, é a resposta que damos a ela.

Num primeiro momento, a nossa resposta pode ser: “Ah, me trato super bem. Eu me amo!”

Será mesmo? Quando está tudo certo na nossa vida, é fácil nos tratarmos bem, mas quando tudo está meio do avesso, como nos tratamos de fato?

Como você se trata quando surgem inúmeros problemas que você mesma ajudou a criar? Reflita. Não precisa responder rapidamente. Não tem resposta certa ou errada. A sua resposta deve ser sentida e trazer a sua verdade.

Vou dar um exemplo: quando tudo está fantástico, eu me trato suuuuuper beeeemmmm!!! Pulo, vibro, me abraço, me beijo, danço comigo, me olho no espelho e me elogio, me coloco lá em cima todo dia. Puro autoamor!!!

Já nos dias em que escorrego, dou umas cabeçadas, falo algo de que me arrependo, minto para mim mesma sobre alguma dor que finjo não sentir, ignoro quem me ama, eu começo a me chicotear. E, exatamente aí, nesse momento, é que eu mais preciso do meu amor. É quando eu mais preciso me olhar no espelho e me elogiar, gostar de quem vejo, me abrir para as minhas verdades, compreender as minhas razões, entender os meus erros e poder contar comigo mesma.

Quando eu vivenciar alguma situação dolorosa pelo meu próprio comportamento, eu preciso saber que ainda estarei aqui me esperando, me acolhendo, me abraçando, me dando colo. Preciso ser, acima de tudo e de todos, quem mais me ama, quem mais me entende, quem mais me aceita, quem mais me perdoa, quem mais me ouve e quem mais seca as minhas próprias lágrimas.

Toda vez que eu seguro firme na minha mão, eu me abraço, eu me dou amor quando tudo está um auê, eu demonstro como verdadeiramente me trato e me amo. Quando nos tratamos bem, mesmo quando tudo não está bem, damos a maior prova do nosso autoamor. Isso é redenção, é força, é autoconhecimento, é puro acolhimento e aceitação!

Então, a dica é: ame-se a qualquer tempo, em qualquer situação. Nunca, porém, se ame de qualquer jeito. Ame-se na totalidade de quem você é, de todo jeito que é você!

Toda vez que tudo estiver dando errado, que seus esforços não forem reconhecidos, que banalizarem seu amor, que você se sentir diminuída por seus próprios erros, pare! Pare rapidamente, respire fundo, faça um ho’oponopono, ouça uma música que você ama, assista a um filme que você adora, converse com sua melhor amiga, ligue para alguém que você ama, aprecie a natureza, esteja em sua companhia. Não fuja de você. Crie um ambiente e uma situação confortável e, quando estiver bem à vontade, se abrace, se ouça, se ame, se acolha.

Nós já carregamos peso demais por longas vidas e por uma história de muita luta. Não precisamos ser mais uma pessoa a nos torturar.