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Devaneios

  • Liza Silva
  • 4 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de nov. de 2022

Escrever é mais do que eu posso dizer.... a única quase certeza: a palavra não basta.


Escrever é mais do que eu posso dizer.

Assim, olhando meus rascunhos, num dia frio, sem graça, depressivo, penso em quantas ideias minha cabeça tem.


Tá cheia mesmo!


Muita coisa pra contar nas linhas do acaso da vida, mas nem sempre a palavra basta.

É mais sentimento, emoção, desejo, devaneio do que a clareza da sintaxe, da junção dessa ou daquela letra.


No final, uma única quase certeza: a palavra não basta.


Tem dias que a cabeça tá cheia de um verso livre, sem ponto final. Tem dia que a palavra tá amarrada, amordaçada, acorrentada. Tá no escuro.


Acende a luz aí pra mim!


Dá vontade de gritar, de correr não sei pra onde. Sair daqui e não voltar tão cedo.


Alguém sentiria minha falta?

Você quer a verdade ou uma mentirinha basta?

A VERDADE!

Vai doer.

QUE DOA! ASSIM SINTO QUE TÔ VIVA NESSA PORRA!


Depois de tanto tempo fingindo ser normal, eu vejo que sou como todo mundo.

Diferente e ao mesmo tempo igual.

Cheia de medo, de enganos, de dor, de ira, de riso, de gozo, de pouco caso.


E no meio de toda a letra mal escrita, condenada ao esquecimento de quem não preza por ela, alguém grita: “Não trate o tempo como se ele fosse infinito.”

Aí, eu paro. Olho, dou um pause e só ouço o silêncio.


Caramba! Será que tô ficando louca?

Já era tempo. Quem sabe a vida fica mais divertida?

Ou não!


Aí, eu me pego pensando nos versos que não terminei ainda. Nas prosas que pedem correção. Não da palavra. Da concordância, da ortografia.

E assim, meio que numa sentada só, corrijo um monte de texto, organizo os arquivos. Alguns eu posto, outros não. Outros ainda têm destino certo.


Eu acho que é certo. Pode ser não seja.

Nossa, quanta confusão!


Fluxo de consciência é assim mesmo. Só gosta quem sente. Quem quer entender, esquece de sentir e não gosta do fluxo. Nem o de consciência e nem o da vida.


Mas, voltando a esses escritos sobre a mesa, eu penso:


Eu sinto um tesão louco nisso aqui! E assim como o gozo, aos poucos, e todo dia um pouco mais, eu acrescento uma letra, um verso inteiro.


E todo aquele devaneio ali do início sossega. Parece que tá tudo no lugar certo. Do jeito que tem de ser.


E eu gosto assim.

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